terça-feira, 30 de outubro de 2007

Como NÃO se faz um advergame? Assim:

A Nissan lançou seu carro novo, o Rogue, nos EUA.

Talvez para acompanhar a onda da Toyota, que está colocando uma pancada de jogos online e até usando como meio publicitário o World of Warcraft, a Nissan decidiu colocar alguns mini-games no site que envolvam o carro.

Eu adoro videogames, principalmente os clássicos. Eu acho compreensível que publicitários construam seus advergames baseados nesses jogos antigos, afinal de contas, é nos clássicos que temos qualidade com simplicidade.

O maior problema de todos é quando o advergame não se baseia no jogo, mas sim copia-o inteiramente, na cara dura, simplesmente colando as fotos do produto ou símbolos da marca! E a Nissan fez exatamente isso: pegou jogos famosos dos anos 70 e apenas “colou” o carro em cima.

Publicitários de plantão, faço um convite: Olhem as comparações que fiz abaixo e me digam o que o conceito do jogo tem a ver com o conceito do carro??

Qualquer um faz um advergame nesses moldes. O que ele trouxe pra marca?

(clique nas imagens para ampliar)







Advergame não é "brincar com a marca". Isso é uma mídia, e passa uma mensagem para o consumidor. Me pergunto que raio de mensagem esse advergame quer passar...

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Zecão, Pipa e Atari 2600


Não é Advergame.
Nem game é.
Também não é propaganda.

Mas tem um pouquinho a ver com cada um.

Um amigo me mandou essa historinha do Zecão e da Pipa (com participação especial da Tina), onde aparecem os personagens jogando algo que "se parece" com o River Raid do Atari 2600.

Veja a historinha completa clicando AQUI!
Ao clicar, cliquem em "apresentação de slides" para ler os quadrinhos

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Advergame no Vinil

Imagine você comprando o vinil da sua banda preferida. Ansioso para escutar o disco, põe logo no toca-discos e começa a curtir o som. Quando você vira para o lado B, escuta um barulho estranho, um chiado e uns apitos... será que é defeito??

Não! É um programa de Spectrum!! ^.^

Em 1984, no princípio dos computadores caseiros, a banda inglesa Thompson Twins fez parte de um grupo de pioneiros (ou doidos) que fizeram games para divulgar seu trabalho. A grande graça disso é que o jogo estava dentro do disco de vinil, junto com as músicas!

Quem conhece os computadores antigos sabe que todos seus programas, incluindo os joguinhos, vinham em fitas K7. Quem comprasse o vinil e escutasse os “sons estranhos”, que na verdade eram o código do jogo, deveria passá-los para fita de forma que o computador pudesse rodá-lo.

O jogo acompanhava a moda da época: mais um adventure. Escrevi bastante sobre esse estilo nessa outra análise de advergame: http://advertilt.blogspot.com/2007/07/novo-advergame-americano-para-quem.html

Alguns Blogs estão chamando isso de “o primeiro advergame”. Mas não podemos nos esquecer da gigantesca onda de jogos ruins que saíram para o Atari 2600 nos Estados Unidos, entre 1981 e 1983, onde muitos deles eram advergames, como o Pepsi Invaders!

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Adote um Bradípodo!

Segundo o Wikcionário, bradípodo é o nome “verdadeiro” do que conhecemos por bicho-preguiça. Animal feio de doer, mas carismático o suficiente para dar origem ao Sid, aquele personagem que no Brasil ganhou sotaque nordestino no desenho Era do Gelo.

“Adote um bradípodo” é o tema do novo advergame criado pela nFusion Group, uma agência americana especializada em mídias digitais, para a campanha de lançamento do DVD Ice Age 2: The Meltdown.

Veja o jogo aqui: http://www.nfusion.com/competitions/adoptasloth/

No jogo, você cria um bicho-preguiça... se bem que “criar” não é o melhor termo, porque você precisa apenas dar uvas à ele, o que não afeta em nada o seu avanço. Ou seja, se quiser deixá-lo morrer de fome, nada muda.

Você avança no game quando participa dos mini-games, que variam muito de dificuldade, indo do ridiculamente fácil ao modestamente difícil. Se o público alvo é a criançadinha, alguns games são difíceis demais.

Além disso, ao terminar o jogo, você liberta o seu bradipodo.

Isso mesmo! Você fica criando ele apenas para jogá-lo à selva! >=(

O prêmio ao jogador é apenas assistir à um trailer exclusivo do filme, o que duvido que alguém se interesse caso tenha assistido no cinema.

Talvez o grande problema desse Advergame é o erro que é feito nos videogames desde 1983 com o lançamento de ET para Atari 2600. Parece que os desenvolvedores tem a mania de acreditar que “basta o personagem ser famoso para o jogo ser um sucesso!”.

Como ele está disponível apenas no site da agência, acredito que seja um teste. Espero que melhorem muito em jogabilidade e desafio antes de lançá-lo.

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

O verdadeiro som 3D

Alguém já ouviu falar de gravação bináurea?

Com certeza já, porque a tecnologia é do final do séc. XIX.

É um tipo de gravação altamente imersiva, permitindo que o ouvinte tenha a sensação de “som 3D” sem o uso de grandes recursos por parte dele – basta fones de ouvido. Isso significa que não é preciso ter um Home Theater para se sentir imerso de verdade através do som!

Entenda o que é isso por aqui - não se esqueça dos fones de ouvido! (Quicktime):

Luigi's Virtual Haircut [4:29m]: Download (8723)


Se o som é tão imersivo, porque gasta-se uma grana violenta com os Home Theaters? Porque essa tecnologia é limitada aos fones de ouvido para funcionar... e esse é o maior limitante para a sua popularização.

No entanto, pode ser uma boa idéia para explorar caso estejamos lidando com Advergames!

Ora, não é raro encontrarmos computadores com fones de ouvido, que usamos no trabalho, em casa ou na lan house. Sem falar nos celulares modernos que tocam MP3 e rádio... já imaginou a sensação de imersão que um jogo pode proporcionar por utilizar essa tecnologia?

Bom... se fosse fácil, todo mundo já teria feito.

Se você se interessou e quer saber mais, fica a dica de dois links:

Submúsica.com

Binaural.com (em inglês)

terça-feira, 16 de outubro de 2007

(Complemento) Conquistando as Japinhas!

Logo depois que publiquei a análise do advergame japonês, li isso no Blue Bus:

"Mais Unilever | Querem q campanha com enfermeiras sexy seja cancelada
08:46 O sindicatos das enfermeiras na Espanha pediu à Unilever para cancelar a campanha de internet 'Bom, Chika, Wah, Wah', do desodorante Axe. Diz que as peças banalizam a imagem das profissionais de saúde e denigrem a imagem da mulher. A acusaçao é contra o site experimentoaxe.com, onde e mulheres vestidas como enfermeiras sexy apresentam o conteudo do site foto abaixo. Segundo noticia do El Mundo aqui, em 2002 a marca enfrentou problema semelhante - o Colegio de Medicos denunciou comercial em que uma medica nao conseguia se conter diante de um adolescente seminu que usava o produto. 16/10 Blue Bus"

Ok... e daí?
A campanha da Axe é mundial. Isso significa que existe um posicionamento, uma imagem de marca comum, que envolve o produto independente do lugar que ele esteja do planeta. Feitas as devidas adaptações (as colegiais japonesas e as enfermeiras espanholas) o conceito se expande para qualquer cultura. Afinal de contas, erotismo é uma linguagem que funciona em qualquer lugar.

Existe uma desvantagem em tudo isso - você vai deixar algumas pessoas chateadas.

Para alguns, a campanha da Axe é ofensiva porque transforma as mulheres em "objetos de desejo". Eu acredito que já passamos da época de discutir o papel da mulher na sociedade, porque elas já conquistaram seu espaço. Mas entrar nesse assunto, como a Unilever entrou com seu produto, é pedir para gerar algumas controvérsias.

Ok... e daí??
Exatamente... e daí? Não existe um posicionamento universal, onde todas as pessoas verão as marcas como o reflexo perfeito de todas as personalidades do mundo, apaixonante para todos os seres do planeta. Ao contrário, quando você diz "quem é", também afirma "quem não é". Está claro que o perfume Axe não é algo que uma mulher dará de presente para seu namorado... Não é o perfume que você dá para o seu avô... E também não é o perfume que as mamães passarão em seus filhos antes de ir para a missa.

Isso acontece também com quem lida com jogos. Clientes não gostam quando as pessoas se organizam em comunidades online para falar mal do jogo que envolve a sua marca. Mas isso só se torna problema quando a quantidade de pessoas que reclamam do jogo é maior do que aquelas que gostam dele... e essas últimas não costumam falar muito. =p

Isso é um problema?
Para a Axe? De jeito nenhum.
Quando os grupos se mobilizaram, ofendidos por uma empresa grande como a Unilever tratar a mulher em suas campanhas como "objeto", estão de certa maneira afirmando que isso existe mesmo. Então não existe o desejo por enfermeiras? Pela colegial japonesa? Pela mulher atirada? Ao se sentirem "publicamente ofendidos", tenho a sensação que estão dizendo "Pô, Unilever... até você?"

O único cuidado que se espera da Unilever é que, ao continuar com suas campanhas masculinas, ela não entre no vulgar.

Qualquer brincadeira é assim - tem gente que ri e tem gente que fica nervosa... ;-)

Conquistando as Japinhas!

Você usa Axe? Você está no Japão?? Oh... então tome cuidado. Esse grupo de super-heroínas fará de tudo para salvar a moral e os bons costumes orientais, impedindo que você conquiste toda a mulherada com seu aroma irresistível.

Acesse o jogo aqui (http://www.axeeffect.jp/axebusters/)
Nome:
Axe Busters
Língua: Japonês
Desenvolvido por: Unilever
Estilo: Tiro em 1ª pessoa
Premiação ao jogador: Sim – 50 melhores + Participação em comunidade ganham presentes!

Sobre o jogo
A idéia é simples, como toda boa idéia. Você passou o novo Axe e agora todas as menininhas do Japão estão caindo em cima. O grupo das Axe Busters, as cinco meninas (tem uma de 16 anos!) equipadas com a mais alta tecnologia ao melhor estilo das “Panteras”, tentará parar você de qualquer jeito!

Mas há um problema... a mulherada está usando pregadores no nariz para impedir que seu cheiro irresistível faça que saiam do controle. Seu grande objetivo: remover o pregador delas! Hum... que frase estranha.

Mas é isso mesmo. A idéia é usar a ponta do dedo indicador, de onde sai um laser, pra você remover o pregador que está impedindo que elas sintam o cheiro do Axe. É só acertar o nariz delas que já se apaixonam, instantaneamente. O jogo com estilo de tiro em primeira pessoa mistura vídeo interativo e digitalização, além do jeitão bem humorado.

Nada como um machismo declarado para levantar os espíritos daqueles que gostam da mulherada... em especial das japitchas.

A estrutura do jogo é simples, fácil de jogar e, sinceramente, não é preciso saber japonês para compreender as regras, os objetivos ou sequer entrar no ranking. Muito bem construído, há um complexo sistema de pontuação que envolve não só a quantidade de meninas atingidas, mas também o tempo que levou para passar dos estágios. Isso eleva o desafio para um grau muito adequado, atingindo tanto os não-gamers quanto os japas super-viciados que passarão horas tentando fazer a pontuação inatingível.

Era de se esperar que o jogo fosse bem construído... afinal de contas, é um advergame na terra do videogame.


Sobre a campanha
Axe, no Japão, parece ser um produto novo. Encontrei algumas campanhas “virais” na internet que estou disponibilizando aqui. O jogo encontra-se totalmente de acordo com o conceito mundial do produto, mas o que se destaca é a adaptação cultural feita para o mercado japonês.

http://br.youtube.com/watch?v=BHRzgU3-i1A

http://br.youtube.com/watch?v=5SmUvJ4yk-c

http://br.youtube.com/watch?v=4pjBq7oHv0I

http://br.youtube.com/watch?v=EG-djrD7JdE

Não tem jeito. Em japonês é mais engraçado porque é surreal.

Referências

Além da referência clara àquele “espírito” das Panteras, em especial as mais moderninhas do cinema, o jogo tem a mesma construção do Virtua Cop, sucesso da Sega do início dos anos 90.

http://br.youtube.com/watch?v=rSTCck6naKA

Essa “mera semelhança” fica quase declarada quando você passa de fase e olha o sistema de pontuação. Ora, qual é o problema de dar uma copiadinha naquilo que deu certo? =)

O gráfico deste advergame é diferente, como você percebeu caso já tenha jogado. Foi usado o método de captura de imagens que são digitalizadas na tela – a famosa tecnologia que ajudou Mortal Kombat à nascer.

Minha avaliação

Pontos fortes:

- Gráficos ótimos

- Jogabilidade fácil – é só usar o mouse

- Dificuldade moderada – desafio para todos os níveis de jogador.

- Ótima contextualização – o jogo é bem humorado e, apesar de parecer machista, é na verdade uma “brincadeirinha masculina”. Não é ofensivo.

- Finalistas ganham prêmios por participar, mas o grande troféu é participar da comunidade e estar entre os 50 melhores jogadores – muito original e muito barato de se planejar.

Pontos fracos:

- Você não pode interromper o jogo no meio. Se deu dor de barriga, tem que perder a fase.

- O jogo é longo. Se você quiser terminar o game, tem que derrotar todas as 5 Axe Busters... e isso leva um tempão. No Japão isso pode ser adequado porque lá existe o hábito de jogar videogame – aqui no Brasil um jogo com esse tamanho teria poucos finalistas.

Pegue suas japonesas aqui: http://www.axeeffect.jp/axebusters/

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Iniciando!

Aham... testando, som... som...

Graças à ajuda e incentivo do Prof. Vicente Martins (ou Vincent Vader - veja seu blog aqui) estudei bastante sobre games, desde sua construção através de roteiro até sua função como "ferramenta de comunicação publicitária".

Meus artigos, estudos e notícias estão sendo postados no site da ESPM Digital, ambiente da faculdade ESPM voltado apenas para as novidades digitais publicitárias.

A idéia do Blog é juntar isso em um espaço meu. Assim tenho um pouquinho mais de liberdade de falar certas coisas que não cabem em um ambiente de faculdade... e também de receber comentários!

Inicialmente reunirei diversos materiais que já estão na ESPM Digital. Em breve terá material exclusivo.

Nos falamos... ^.^